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Connie Goodwin queria que 1991 fosse um ano exclusivamente dedicado aos estudos para sua dissertação de mestrado em Harvard. No entanto, por insistência de sua mãe, acaba indo para o interior do condado de Essex cuidar da reforma da casa da avó. Assim que se estabelece no antigo casarão, começa um mergulho inevitável no passado daquele lugar e fica especialmente interessada pela figura de Deliverance Dane, uma mulher reconhecida em sua época por curar doentes, receitando remédios e poções. É no condado de Essex que fica a famosa cidade Salem, palco dos históricos julgamentos de 1692, quando mais de 150 pessoas foram presas e acusadas de bruxaria e mais de vinte condenadas à forca. O episódio, considerado um dos mais infames da história dos Estados Unidos, ficou marcado como um triste exemplo de histeria coletiva, disseminada por uma comunidade em busca de vingança. A pesquisa acadêmica sobre esse período e a busca pessoal de Connie por detalhes da vida de Deliverance Dane se cruzam ao longo de O Livro Perdido das Bruxas de Salem. Em certo momento, Connie tem certeza da existência de um "livro perdido" que guardaria os segredos da misteriosa personagem. Seriam remédios? Feitiços? A solução desse enigma é o grande impulso da história do livro, que investiga até onde pode ir o preconceito de uma sociedade contra alguns dos seus membros. "No período anterior à Revolução Científica, a conexão entre fé, saúde e ciência era bem escorregadia", acrescenta Katherine. Embora seja descendente de Elizabeth Howe, enforcada como bruxa em 1692, e de Elizabeth Proctor, que escapou da execução por estar grávida na época e é personagem da peça "As Bruxas de Salem", de Arthur Miller, a autora conta que a ideia do livro só surgiu em 2005, quando ela se mudou para Marblehead, cidade vizinha a Salem: "Para muitas pessoas, descobrir uma conexão familiar é um modo de personalizar um período da historia que, de outro modo, seria muito remoto e difícil de acessar. No meu caso, sempre fui naturalmente interessada em aprender como era o dia a dia nos Estados Unidos daquela época. Como as pessoas se sentiam vivendo naquele mundo? Como era pensar sendo um puritano? Acho que o episódio de Salem pertence a todos os cidadãos americanos, e cada um de nós tem muito a aprender com ele."
Um dos mais sombrios episódios do passado norte-americano revelado de forma emocionante por uma das mais aclamadas escritoras da atualidade
1692, baía de Massachussets, Nova Inglaterra. A puritana aldeia de Salem assistiu à execução de catorze mulheres, cinco homens e dois cachorros – todos acusados de bruxaria. A feitiçaria se materializou em janeiro, o primeiro enforcamento ocorreu em junho, tudo terminou em setembro. Depois dos julgamentos, fez-se um silêncio crivado de culpa.
Com base em meticulosa pesquisa, a renomada jornalista Stacy Schiff, vencedora do Pulitzer, reconstitui com precisão histórica e prosa vibrante os acontecimentos daquele ano sombrio e o surto coletivo que desencadeou o drama das bruxas de Salem.
Um retrato em que Schiff traz à baila as ansiedades da América do Norte dos primeiros tempos para compará-las, brilhantemente, com as de hoje. Em nossa época de redes sociais, inimigos invisíveis e intolerância às diferenças, esta história sobre o obscurantismo religioso faz mais sentido que nunca. Um capítulo distópico do passado norte-americano que não devemos nunca esquecer – e muito menos repetir.
“Magistral… Stacy Schiff reconstrói detalhadamente não apenas os acontecimentos de 1692, mas o mundo que os criou.” The Los Angeles Times
“Um thriller psicológico opressivo, forense.” The Times
“Stacy Schiff em grande forma, dando a um evento histórico o máximo de vida, mistério e tragédia como a melhor das romancistas.” Vanity Fair
“Sua pesquisa é impecável; nenhum outro escritor foi tão a fundo.” The New York Review of Books
Edição de bolso do clássico que descreve como era realizada a caça às bruxas no século XIII. Publicado originalmente em 1487, na Alemanha, O martelo das feiticeiras foi compilado pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger e é um dos tratados mais importantes já escritos sobre a caça às bruxas. Apesar de ter sido condenado pela Igreja Católica, o livro continuou sendo editado e durante três séculos foi a bíblia de inquisidores por muitas partes da Europa, tendo contribuído para a repressão e morte de mais de 100 mil mulheres. Um documento histórico de grande valor que mostra as consequências de uma das mais terríveis épocas da humanidade, as condenações do Santo Ofício e o cenário europeu do século XV. O martelo das feiticeiras divide-se em três partes: a primeira discursa aos juízes, ensinando-lhes a reconhecer as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda expõe todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os. A terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.Obra essencial para compreender uma parte terrível e importante da história da humanidade e o quanto ela nos afeta até hoje.
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